28 de mar. de 2013

"Claramente tínhamos problemas com o PS3", diz arquiteto do PS4. Alguém duvidava?




O arquiteto do PlayStation 4, Mark Cerny, sabia desde 2007 que o PlayStation 3 tinha problemas de design que o tornaram a plataforma mais complicada para desenvolvedores.

Cerny falou sobre o desenvolvimento do novo console ao site Gamasutra. Segundo o arquiteto, que foi a principal figura na apresentação do PlayStation 4 em fevereiro, suas ideias para o próximo console da Sony começaram no final de 2007, exatamente um ano depois da introdução do PlayStation 3 no mercado. Na época ele começou a pesquisar o processador X86, que veio a equipar o PlayStation 4, e então convenceu seus chefes na Sony a deixá-lo liderar a equipe de desenvolvimento do próximo console.

"Eu provavelmente tenho mais paixão pela próxima geração do que qualquer um dentro da Sony Computer Entertainment", disse Cerny.

"Querer liderar a empreitada não era algo baseado em crenças específicas naquela época - a não ser pelo fato de que claramente tínhamos alguns problemas com o PlayStation 3 e a abordagem mais centrada nos desenvolvedores do design do PlayStation 4 faria as coisas mais suaves no geral".

"O maior negócio era que não queríamos que o hardware fosse um quebra-cabeça que os programadores teriam a necessidade de resolver para fazer títulos de qualidade", diz Cerny, fazendo referência ao processador Cell do PS3, notório por ser tão poderoso quanto complicado de programar.

Em 2008 Cerny recebeu o OK da Sony e começou a projetar o PlayStation 4 e a ouvir os desenvolvedores de jogos sobre suas necessidades. "Não era que podíamos chegar e dizer que estávamos desenvolvendo um hardware da próxima geração - certamente não podíamos falar isso em 2008. Na meu primeiro tour nos desenvolvedores, eu tinha um questionário onde perguntava a eles suas ideias sobre o que a próxima geração poderia trazer. O maior feedback que tivemos é que eles queriam memória unificada".

Ciente disso, Cerny projetou o PlayStation 4 com seus famosos 8 GB de RAM GDDR5 - uma memória que pode ser usada tanto pela CPU quanto pela GPU do console.

Outro pedido dos desenvolvedores foi por um processador com quatro a, no máximo, oito núcleos. Cerny decidiu pelo x86 de oito núcleos. "O consenso era que em qualquer coisa acima de oito técnicas especiais seriam necessárias para usá-lo, para ter eficiência".

O PlayStation 4, com sua arquitetura simples de programar, será lançado no final do ano

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